Você sabia que o Brasil conquistou uma posição de destaque no cenário mundial da energia solar? A princípio, isso pode surpreender alguns, mas o país fechou o ano de 2024 como o sexto maior gerador de energia solar do planeta. Sobretudo, esse marco revela a força do setor fotovoltaico nacional, que segue em expansão acelerada e consistente.
Primordialmente, essa conquista reforça o compromisso brasileiro com fontes renováveis e sustentáveis. Em um cenário global cada vez mais voltado à transição energética, o desempenho em energia solar em 2024 destaca o Brasil entre as nações líderes em geração limpa. Este artigo vai além da manchete. Vamos explicar, em detalhes, o que significa esse 6º lugar, como o país chegou até aqui, quais fatores impulsionaram esse crescimento e o que podemos esperar para os próximos anos.
Se você deseja entender o papel do Brasil no setor solar global, este conteúdo é para você. Afinal, compreender os bastidores desse avanço é fundamental para quem trabalha com energia, investe no setor ou simplesmente se interessa pelo futuro sustentável do planeta.
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ToggleO avanço do Brasil no ranking mundial de energia solar
Conforme relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), o Brasil encerrou 2024 com 53 GW de capacidade instalada em energia solar. Com isso, manteve o 6º lugar global, consolidando sua posição entre as maiores potências do setor.
Além disso, o país demonstrou um crescimento expressivo ao adicionar 15,2 GW de nova capacidade ao longo do ano. Este desempenho colocou o Brasil como o quarto país que mais expandiu sua geração fotovoltaica em 2024, atrás apenas de China, Estados Unidos e Índia.
Esse avanço é resultado de políticas públicas, incentivos regulatórios e do aumento da procura por soluções energéticas sustentáveis por parte de residências, empresas e produtores rurais.
Diferença entre geração distribuída e centralizada
Para compreender melhor esse crescimento em energia solar em 2024, é importante distinguir os dois principais modelos de geração fotovoltaica no Brasil.
Geração distribuída: refere-se aos sistemas instalados em telhados, fachadas ou pequenos terrenos, geralmente por consumidores residenciais e comerciais. Em março de 2025, esse modelo já representava 37,4 GW da capacidade nacional.
Geração centralizada: engloba grandes usinas solares instaladas em áreas amplas, conectadas diretamente ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Nesse modelo, o Brasil contabilizava 17,6 GW.
Portanto, observa-se que a geração distribuída tem liderado o crescimento, impulsionada por incentivos como o marco legal da GD e a redução nos custos dos equipamentos.
Fatores que impulsionaram o crescimento em energia solar em 2024
O desempenho brasileiro no setor solar não é fruto do acaso. Diversos fatores contribuíram diretamente para que o país se consolidasse no ranking global.
1. Queda no custo dos equipamentos: A redução no preço de painéis solares e inversores, aliada à maior oferta no mercado, facilitou o acesso à tecnologia.
2. Linhas de financiamento: Programas como o Pronampe e linhas específicas para energia renovável ajudaram consumidores e empresas a investirem em energia solar.
3. Marco Legal da Geração Distribuída: A regulamentação trouxe mais segurança jurídica e previsibilidade para quem decide instalar sistemas fotovoltaicos.
4. Clima favorável: O Brasil possui alta incidência solar em praticamente todo o território, o que torna o investimento ainda mais atrativo.
5. Incentivo empresarial: Cada vez mais empresas estão adotando metas de sustentabilidade e neutralização de carbono, optando pela energia solar como parte dessas estratégias.
Comparativo com outras potências solares
Apesar do crescimento, o Brasil ainda está longe dos líderes absolutos. A China, por exemplo, fechou 2024 com 887 GW instalados, representando quase metade da capacidade mundial. Já os Estados Unidos, segundo lugar no ranking, atingiram 175 GW.
Ainda assim, o desempenho brasileiro impressiona, especialmente ao se considerar o curto espaço de tempo em que o país avançou. A consolidação no 6º lugar global mostra que o Brasil está no caminho certo e possui potencial para crescer ainda mais.
Quais estados lideram em energia solar no Brasil?
O crescimento da energia solar no país tem destaque regional. Estados como Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Bahia concentram grande parte das instalações. Isso se deve, sobretudo, ao alto consumo energético, maior poder aquisitivo e políticas estaduais de incentivo.
Por exemplo, Minas Gerais lidera a geração distribuída nacional, sendo referência em número de sistemas conectados à rede. Além disso, há forte presença de empresas e cooperativas solares que facilitam o acesso ao investimento.
Impactos econômicos e sociais da energia solar no Brasil
Além da relevância ambiental, a expansão da energia solar gera benefícios diretos à economia brasileira.
Geração de empregos: O setor fotovoltaico foi responsável por dezenas de milhares de novos empregos em 2024, envolvendo instaladores, engenheiros, vendedores e técnicos.
Descentralização energética: A energia solar promove independência em relação às grandes distribuidoras, reduzindo a pressão sobre o sistema elétrico nacional.
Valorização de imóveis: Imóveis com sistemas fotovoltaicos instalados são mais valorizados no mercado, o que estimula investimentos particulares.
Educação e inovação: O avanço da energia solar também estimula a formação de novos profissionais e a criação de soluções tecnológicas nacionais.
Desafios para manter o crescimento
Apesar do sucesso, o Brasil ainda enfrenta obstáculos para consolidar sua liderança em energia solar em 2024 e além.
Infraestrutura de rede: A conexão de novos sistemas, especialmente em regiões afastadas, exige modernização da infraestrutura elétrica.
Burocracia: Em alguns estados, processos de homologação e liberação de projetos ainda são lentos e complexos.
Falta de informação: Muitos consumidores desconhecem os benefícios e formas de financiamento para sistemas solares, o que limita a expansão do mercado.
Concorrência internacional: O mercado nacional ainda depende da importação de painéis e inversores, o que pode ser afetado por variações cambiais e logísticas.
O futuro da energia solar no Brasil
As projeções para o setor são otimistas. A expectativa é que o Brasil ultrapasse a marca de 70 GW nos próximos dois anos. Isso dependerá da continuidade dos incentivos, da evolução tecnológica e da conscientização da população.
Além disso, novos modelos de negócio, como usinas solares compartilhadas e comunidades solares, devem ganhar força, tornando a energia solar acessível mesmo para quem não pode instalar painéis em casa.
Sobretudo, o Brasil tem todos os elementos para se tornar uma potência solar ainda maior. Com sol abundante, mercado aquecido e políticas favoráveis, o país pode subir no ranking mundial e liderar uma revolução energética na América Latina.
Conclusão
O Brasil alcançou o 6º lugar global em energia solar em 2024, um feito que reflete o esforço conjunto de governos, empresas e consumidores. Com 53 GW de capacidade instalada, o país consolidou-se entre as maiores potências do mundo no setor fotovoltaico.
Esse avanço foi impulsionado por políticas públicas eficazes, queda nos custos, aumento do acesso ao crédito e forte engajamento da sociedade em torno de fontes limpas e renováveis.
Entretanto, ainda há desafios a superar, como a burocracia, a dependência de importações e a necessidade de modernização da infraestrutura. Contudo, o potencial brasileiro é imenso, e as perspectivas para os próximos anos são promissoras.
Se o ritmo de crescimento for mantido, o Brasil pode subir ainda mais no ranking global e assumir um papel protagonista na transição energética mundial.
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