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Energia solar reduz a conta de luz para famílias de baixa renda

Projeto com energia solar promete reduzir contas de luz de famílias de baixa renda e fortalecer a indústria nacional sustentável.

Aliviar o peso das contas de luz e promover a geração de energia limpa para cerca de 17 milhões de famílias de baixa renda no Brasil é o objetivo central de um projeto que aguarda aprovação no Senado. A proposta, chamada Renda Básica Energética (Rebe), prevê a construção de pequenas usinas solares para abastecer as casas mais vulneráveis, substituindo gradualmente a atual Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE).

Os recursos para financiar o programa viriam da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), do BNDES, da Petrobras e de outros fundos públicos. Com um investimento estimado de R$ 60 bilhões ao longo de uma década, o plano busca desenvolver a infraestrutura nacional de geração solar, incluindo usinas instaladas em áreas rurais e em lâminas d’água próximas a reservatórios hidrelétricos.

Energia solar como solução para altos custos

O projeto tem como base a instalação de usinas solares que garantam energia para famílias com consumo de até 220 kWh/mês. Essas famílias receberiam créditos energéticos, que poderiam reduzir suas contas de luz em até 95%. Atualmente, os beneficiários da Tarifa Social contam com descontos que variam de 10% a 65%.

Além de aliviar os custos para consumidores vulneráveis, a iniciativa também visa reduzir a dependência de fontes de energia não renováveis. A Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar) projeta que o programa pode gerar uma economia de R$ 817 milhões ao longo dos 25 anos de vida útil das usinas solares.

Impactos econômicos e sociais do projeto

O deputado Pedro Uczai, um dos responsáveis pela proposta, afirma que a iniciativa trará benefícios amplos para todos os consumidores. “Ao eliminar gradualmente a tarifa social das contas de energia, estaremos reduzindo custos para todos os brasileiros e, ao mesmo tempo, gerando empregos e fortalecendo a indústria nacional”, destacou.

Entretanto, o projeto enfrenta resistência de algumas distribuidoras de energia. Representantes do setor argumentam que a redução nas tarifas para consumidores de baixa renda pode ser compensada por custos adicionais para outros consumidores.

Apesar disso, os autores da proposta defendem que os recursos serão realocados de forma mais eficiente, diretamente beneficiando quem mais precisa.

Desenvolvimento nacional com foco em renováveis

Um dos pilares do projeto é o estímulo à produção nacional de tecnologia fotovoltaica. A gestão do programa ficará a cargo da ENBPar, que poderá contratar cooperativas e associações para implementar as usinas solares. O objetivo é atingir até 70% de conteúdo nacional em bens, serviços e infraestrutura.

Essa exigência busca fortalecer a indústria brasileira, promovendo avanços tecnológicos e gerando empregos no setor de energias renováveis. “O programa une sustentabilidade e desenvolvimento econômico, criando um ciclo virtuoso para o país”, reforçou o senador Sérgio Petecão, relator do projeto.

Conclusão

A aprovação do Renda Básica Energética pode, antes de mais nada, marcar um novo capítulo para o setor energético no Brasil. Além disso, além de reduzir significativamente as contas de luz para famílias vulneráveis, o projeto estimula o uso de energia renovável e o crescimento da indústria nacional.

Com benefícios econômicos e ambientais claros, a proposta também abre caminho para maior inclusão social no acesso à energia. Nesse sentido, resta ao Senado decidir se esse modelo será o próximo passo para transformar a matriz energética brasileira. Por fim, sua implementação pode representar um avanço significativo rumo a um futuro mais sustentável e acessível.

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Rafaela Silva

Especializada em investimentos e sustentabilidade, com ampla experiência em análise de mercado e desenvolvimento de conteúdo sobre práticas financeiras e ambientais responsáveis.

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