Quando inicia o horário de verão de 2024?

Caso o horário de verão seja reinstaurado, haverá um período de adaptação para os diferentes setores da economia.

O governo considera reimplantar o horário de verão como uma estratégia para ajudar na economia de energia, mas ainda não tomou a decisão.

Confira o que especialistas e o governo dizem sobre o assunto e o que falta para chegar a uma conclusão.

A visão dos especialistas

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sugeriu o retorno do horário de verão. O ONS é o órgão encarregado de coordenar a operação do sistema elétrico no país, e seus representantes se reuniram na última quinta-feira (19) com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Além disso, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) endossou essa recomendação.

A implementação do horário de verão poderia aliviar a pressão sobre o sistema elétrico no fim da tarde. Nesse período, as usinas solares deixam de gerar energia. Ao mesmo tempo, o consumo atinge seu pico, forçando o acionamento de termelétricas, que elevam o custo da energia.

De acordo com o jornal O Globo, o impacto dessa medida, embora limitado, poderia reduzir em cerca de 2% a demanda energética no início da noite, o horário mais crítico. Isso geraria uma economia de aproximadamente R$ 400 milhões.

O ONS também fez outras sugestões para lidar com a questão energética. Entre elas, flexibilizar a operação de termelétricas.

Além disso, segundo O Globo, há uma proposta para implantar um sistema no qual grandes consumidores de energia, como empresas, parariam temporariamente de usar eletricidade. Em troca, receberiam uma compensação financeira.

O que falta para a decisão final

A decisão sobre a volta do horário de verão está nas mãos do presidente Lula. Se adotada, a medida poderia ser implementada ainda em 2024, mas apenas após o segundo turno das eleições municipais, marcado para o dia 27 de outubro.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) alertou que uma mudança durante o período eleitoral poderia causar transtornos no processo de votação.

Apesar da recomendação do ONS, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou nesta quinta-feira (19) que ainda não está completamente convencido da necessidade da medida. Ele mencionou que pretende explorar outras soluções.

Caso o horário de verão seja reinstaurado, haverá um período de adaptação para os diferentes setores da economia, pois essa alteração afeta o cotidiano de toda a população brasileira.

Silveira destacou que, se o horário de verão for adotado, será concedido “tempo para que os setores possam se ajustar, já que isso impacta a vida de todos os brasileiros”.

Embora o setor de bares e restaurantes seja favorável à medida, ela pode criar desafios para as companhias aéreas, que precisariam reprogramar voos, especialmente os internacionais.

Citação do Ministro

“O horário de verão tem um certo grau de economicidade e garante maior confiança na ponta do consumo de energia. No entanto, considerando a segurança de que não faltará energia no país, eu diria que ainda não estou convencido e quero buscar outras alternativas que ofereçam mais resiliência”, afirmou Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia.

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Rafaela Silva

Especializada em investimentos e sustentabilidade, com ampla experiência em análise de mercado e desenvolvimento de conteúdo sobre práticas financeiras e ambientais responsáveis.

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