Você já se perguntou como seria ampliar seu sistema de energia solar após a Lei 14300? A dúvida sobre como isso pode afetar sua fatura de energia é comum. Antes de mais nada, é essencial entender como o processo de ampliação do sistema funciona sob as novas regras, especialmente se você já possui um sistema classificado como GD1.
A ampliação do sistema após a Lei 14300 pode manter certos direitos, mas também traz novas obrigações. Neste artigo, vamos explorar detalhadamente como funciona a ampliação do sistema fotovoltaico e quais são os impactos financeiros de acordo com as regras vigentes.
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ToggleEntendendo a Lei 14300 e os Diferentes Enquadramentos
A Lei 14300, aprovada recentemente, trouxe algumas alterações importantes para os sistemas de energia solar. Quem protocolou projetos até 7 de janeiro de 2022, enquadra-se no sistema GD1, garantindo a isenção da cobrança do Fio B até 2045. Ou seja, é possível abater o consumo da energia da rede com a energia injetada sem custo adicional. No entanto, projetos protocolados após essa data são classificados como GD2, onde a energia injetada sofre descontos gradativos do Fio B ao longo dos anos.
Quando você decide ampliar o seu sistema, a boa notícia é que o enquadramento GD1 do sistema original permanece. Contudo, a energia adicional gerada pela ampliação é enquadrada nas novas regras, geralmente como GD2. Isso significa que parte da energia gerada terá uma compensação reduzida em relação ao sistema original. Portanto, entender como esses enquadramentos se aplicam é crucial para quem deseja expandir seu sistema e ainda assim obter os melhores benefícios.
O Impacto da Ampliação do Sistema Após a Lei 14300
Ampliar meu sistema após a Lei 14300 é uma decisão que exige planejamento. Isso porque, apesar de manter os benefícios do GD1 para a capacidade original, a energia gerada pela ampliação será tratada de forma diferente. A energia adicional será medida e compensada com as regras do GD2, o que significa uma compensação proporcionalmente menor devido ao desconto do Fio B.
Por exemplo, imagine um sistema inicial de 2 kWp, ao qual você deseja adicionar mais 1,5 kWp, totalizando 3,5 kWp. A energia injetada pela parcela original do sistema, de 2 kWp, seguirá sendo compensada integralmente. No entanto, a energia gerada pelos novos painéis seguirá as regras do GD2, sofrendo descontos na compensação. Essa distinção faz com que o cálculo da economia na fatura seja mais complexo, mas também mais realista em termos de previsões financeiras.
Como Calcular a Fatura de Energia Após a Ampliação
Para entender melhor o impacto financeiro ao ampliar meu sistema após a Lei 14300, é preciso saber como calcular a proporção entre GD1 e GD2. Primeiramente, deve-se calcular a porcentagem da potência total que pertence a cada categoria. No nosso exemplo, temos 2 kWp como GD1 e 1,5 kWp como GD2, totalizando 3,5 kWp. Isso significa que 57% da capacidade está em GD1, enquanto 43% está em GD2.
Aplicamos esses percentuais sobre a energia total injetada na rede para determinar qual parte será compensada sem custos e qual sofrerá descontos. Se o sistema injeta 400 kWh por mês na rede, compensamos 57% (228 kWh) conforme as regras do GD1, e os restantes 43% (172 kWh) como GD2. Para o GD2, você deve considerar o desconto do Fio B, resultando em um valor menor para a energia injetada.
O Papel do Fio B na Compensação de Energia
Uma das mudanças trazidas pela Lei 14300 é a aplicação do Fio B, que afeta diretamente a compensação da energia gerada. No caso de ampliação, a parte do sistema enquadrada como GD2 terá uma compensação reduzida em função desse custo. Atualmente, 8% do valor do Fio B não são compensáveis, o que significa que o valor da energia injetada é menor do que o valor da energia consumida da rede.
Para calcular o impacto disso, considere que o valor do kWh é R$ 1,00. O sistema compensará integralmente a energia gerada pelos painéis GD1, enquanto compensará a do GD2 a R$ 0,92 por kWh, após o desconto do Fio B. Dessa forma, se você consumir 172 kWh da rede, pagará um valor maior do que o abatimento, gerando um custo adicional na sua fatura.
Como a Lei 14300 Afeta a Economia Gerada pela Energia Solar
Ampliar meu sistema após a Lei 14300 pode ter impacto significativo na economia gerada pela energia solar. Embora o sistema original continue a oferecer uma compensação integral, a energia adicional terá uma compensação menor devido aos descontos aplicados. Isso significa que, mesmo gerando mais energia, o valor total economizado pode não ser tão expressivo quanto o esperado.
Ainda assim, a ampliação pode ser vantajosa, principalmente se houver um aumento no consumo de energia. Dessa forma, mesmo com a compensação menor do GD2, é possível reduzir parte dos custos adicionais de energia. Além disso, é fundamental considerar que os sistemas solares ainda proporcionam economia a longo prazo, principalmente com a previsão de aumentos tarifários no futuro.
Conclusão
Em resumo, ampliar meu sistema após a Lei 14300 requer uma análise detalhada dos custos e benefícios. A parte do sistema que já está em operação continuará a compensar a energia de forma integral, enquanto a energia gerada pela ampliação seguirá as regras do GD2, com descontos na compensação. Portanto, entender como cada parte do sistema será tratada é essencial para maximizar a economia e evitar surpresas na fatura de energia.
Caso esteja pensando em expandir seu sistema fotovoltaico, considere todas essas informações e avalie o impacto financeiro. Deixe suas dúvidas nos comentários e compartilhe este conteúdo para ajudar mais pessoas a entenderem melhor como a Lei 14300 afeta os sistemas de energia solar.