A mudança na Taxação do Sol em 2025 trouxe alterações significativas para os sistemas de geração distribuída no Brasil. Desde a implementação da Lei 14.300/2022, que estabeleceu o marco legal para o setor, a cobrança pelo uso da rede elétrica, conhecida como “fio B“, tem seguido uma escala progressiva.
Neste ano, o percentual subiu de 30% para 45%, ampliando o impacto financeiro sobre os consumidores e integradores de energia solar. O fio B, que corresponde ao transporte de energia pela rede de distribuição, representa cerca de 28% da tarifa total de energia elétrica.
Essa cobrança vem crescendo anualmente para projetos classificados como GD2, afetando diretamente os custos de quem adota sistemas fotovoltaicos. Com a nova alíquota, a desvalorização da energia injetada aumentou, reduzindo os benefícios financeiros para os usuários.
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ToggleComo a mudança afeta o custo da energia solar?
Antes da mudança na Taxação do Sol, o valor do quilowatt-hora injetado na rede era equivalente ao consumido. No entanto, com a aplicação gradual das tarifas sobre o fio B, esse cenário mudou. Em 2024, por exemplo, a energia injetada sofria um desconto de 8 centavos por kWh, enquanto, em 2025, essa redução aumentou para 13 centavos.
Isso significa que, para um consumidor que utiliza 10.000 kWh mensais, o valor abatido na conta foi significativamente reduzido. Além disso, para projetos classificados como GD3, que incluem mini gerações acima de 500 kW, as cobranças já começaram com 100% do fio B em 2023, sem a progressividade aplicada aos sistemas menores.
Essa diferença torna essencial entender as especificidades de cada tipo de projeto para calcular o retorno do investimento de forma precisa.
O impacto para integradores e consumidores
A nova regulamentação exige que integradores estejam atentos às mudanças para oferecer soluções mais competitivas aos seus clientes. Ferramentas de cálculo automatizadas podem ser essenciais para projetar com precisão os custos e os benefícios, levando em conta as tarifas crescentes.
Além disso, consumidores devem avaliar com mais cuidado os custos associados à adoção de energia solar, especialmente considerando o impacto das mudanças futuras, que prevêem aumentos graduais até 2029.
Conclusão: ajustes necessários para um mercado em evolução
A mudança na Taxação do Sol reforça a necessidade de adaptação por parte de consumidores e profissionais do setor. Apesar dos desafios, a energia solar continua sendo uma alternativa viável para reduzir custos com eletricidade, desde que as projeções financeiras sejam ajustadas às novas regras.
Entender as mudanças e planejar adequadamente os investimentos são passos fundamentais para aproveitar os benefícios dessa tecnologia sustentável.