Matriz elétrica brasileira cresce 1,4 GW em setembro, com domínio de solar

Matriz elétrica brasileira cresce 1,4 GW em setembro, com domínio de solar

A matriz elétrica brasileira expandiu 1,4 GW em setembro de 2025, com 100% da nova capacidade vindo de fontes renováveis, principalmente solar e eólica. A energia solar foi a grande protagonista, impulsionada pela entrada em operação de dois gigantescos complexos no Ceará e no Rio Grande do Norte. Com isso, a capacidade total do país alcançou 214,7 GW, consolidando a liderança das renováveis na transição energética.

A matriz elétrica brasileira deu um passo significativo em sua jornada de descarbonização em setembro de 2025, registrando uma expansão de 1,4 GW totalmente proveniente de fontes limpas. A princípio, este avanço notável demonstra a força e a competitividade das energias renováveis no país, que continuam a remodelar o panorama energético nacional.

Sobretudo, o grande destaque do mês foi o domínio absoluto da energia solar, que respondeu pela maior parte da nova capacidade instalada. Esse crescimento foi impulsionado pela entrada em operação de dois complexos fotovoltaicos de grande porte no Nordeste, que sozinhos adicionaram centenas de megawatts à rede e reforçaram a vocação da região como um polo de geração limpa.

Portanto, é primordial analisar os números por trás dessa expansão e entender o que eles representam para o futuro. Este artigo detalha os dados de setembro, apresenta os projetos que lideraram o crescimento e discute o impacto dessa tendência para a segurança e sustentabilidade da matriz elétrica brasileira.

Setembro Verde: Uma Expansão 100% Renovável

O mês de setembro de 2025 foi marcado por um feito expressivo: toda a capacidade de geração de energia adicionada ao sistema foi de origem renovável. De acordo com dados oficiais da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), 27 novas usinas entraram em operação comercial, somando 1,4 GW de potência.

A liderança ficou com a fonte solar fotovoltaica, que foi responsável por 934,72 MW, distribuídos em 17 novas centrais. Além disso, a fonte eólica também teve uma participação robusta, com 391,50 MW de oito novas usinas. O restante da expansão foi complementado por uma usina hidrelétrica (50 MW) e uma pequena central hidrelétrica (24 MW), confirmando um período de crescimento exclusivamente verde para a matriz elétrica brasileira.

Balanço do Ano e Liderança dos Estados

Olhando para o acumulado do ano, a expansão da matriz elétrica brasileira até 30 de setembro de 2025 alcançou 5,9 GW. Nesse período, 97 usinas de diversas fontes iniciaram suas operações, incluindo termelétricas, solares e eólicas, distribuídas em 17 estados.

Tradicionalmente, estados como Rio de Janeiro e Bahia lideram a expansão anual. Contudo, o desempenho de setembro alterou o protagonismo. O Ceará foi o estado com maior crescimento no mês, adicionando 515,95 MW, seguido de perto pelo Rio Grande do Norte, com 373,77 MW. Esse resultado está diretamente ligado aos novos projetos de energia solar e eólica que entraram em operação na região.

Gigantes Solares no Nordeste: Os Protagonistas da Expansão

Dois grandes empreendimentos, ambos parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), foram os principais responsáveis pelo salto da energia solar em setembro.

Complexo Fotovoltaico Lins (Ceará)

Localizado em São Gonçalo do Amarante (CE), o Complexo Fotovoltaico Lins entrou em operação no dia 18 de setembro. O projeto, conforme divulgado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), possui uma capacidade instalada de 182 MW, distribuída em 59 unidades geradoras. Essa nova usina fortalece a posição do Ceará como um dos líderes na geração fotovoltaica do país.

Complexo Fotovoltaico Dunamis (Rio Grande do Norte)

No dia 24 de setembro, foi a vez do Complexo Fotovoltaico Dunamis iniciar suas operações em Santana do Matos (RN). Com um investimento de R$ 569 milhões, o empreendimento adicionou 117,54 MW de capacidade ao sistema, através de 36 unidades geradoras. Assim, o projeto consolida ainda mais o Rio Grande do Norte como uma potência em energias renováveis.

O Significado por Trás dos Números

A expansão registrada em setembro não é apenas um número, mas um forte indicador da direção que a matriz elétrica brasileira está tomando. O domínio da energia solar e da eólica, fontes variáveis por natureza, reforça a necessidade de modernizar a rede e investir em tecnologias de suporte, como o armazenamento de energia.

Esse crescimento contínuo das renováveis é fundamental para aumentar a segurança energética do país, reduzindo a dependência das hidrelétricas e dos combustíveis fósseis. Além disso, cada megawatt de energia limpa adicionado contribui para que o Brasil cumpra suas metas de descarbonização e se posicione como um líder na transição energética global.

Conclusão

Em suma, a expansão de 1,4 GW em setembro, com total domínio das fontes renováveis, é uma excelente notícia para a matriz elétrica brasileira. O protagonismo da energia solar, impulsionado por projetos de grande escala no Nordeste, demonstra que o país está no caminho certo para diversificar suas fontes e construir um futuro energético mais limpo e seguro.

Os números da ANEEL e do MME não deixam dúvidas: a transição energética está acontecendo em ritmo acelerado. A entrada de novos complexos solares e eólicos não apenas aumenta a capacidade de geração, mas também atrai investimentos, gera empregos e fortalece a economia de forma sustentável.

O desafio, agora, é garantir que a infraestrutura de transmissão acompanhe esse crescimento e que o ambiente regulatório continue a incentivar novos projetos. Você acredita que o Brasil está preparado para essa nova fase? Compartilhe sua opinião nos comentários.

Rafaela Silva

Especializada em investimentos e sustentabilidade, com ampla experiência em análise de mercado e desenvolvimento de conteúdo sobre práticas financeiras e ambientais responsáveis.

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