A energia solar no Brasil passou por diversas regulamentações nos últimos anos, e 2025 não seria diferente. Com as novas mudanças na taxação do sol, é essencial entender o impacto da Lei 14.300 e como isso afeta consumidores e integradores do setor fotovoltaico.
A principal alteração envolve o aumento da cobrança do Fio B para 45%, gerando dúvidas sobre sua influência no mercado de energia solar.
Neste artigo, explicaremos de forma detalhada o que mudou, quais os impactos e como se preparar para continuar vendendo energia solar de forma estratégica.
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ToggleO Que É o Fio B?
Para entender as mudanças, é fundamental conhecer os componentes da tarifa de energia no Brasil:
- TE (Tarifa de Energia): Custo da geração de eletricidade.
- TUSD (Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição): Inclui encargos, perdas e custos de transporte da energia.
- Fio A: Refere-se à transmissão de energia por linhas de alta tensão.
- Fio B: Cobre o transporte de energia pela rede de distribuição até o consumidor final.
Antes da Lei 14.300, consumidores com sistemas fotovoltaicos conseguiam compensar 100% da energia injetada na rede, garantindo um abatimento integral na conta de luz. Atualmente, com a regulamentação, o valor da energia injetada passou a sofrer reduções progressivas devido à cobrança do Fio B.
Aumento do Fio B em 2025
Desde a implementação da Lei 14.300, a cobrança do Fio B está ocorrendo de forma escalonada:
- 2023: 15%
- 2024: 30%
- 2025: 45%
- 2026: 60%
- 2027: 75%
- 2028: 90%
- 2029: Nova regra a ser definida
Isso significa que em 2025, consumidores que injetam energia na rede terão um desconto de 45% sobre o valor do Fio B. Por exemplo, se o Fio B representa R$ 0,28 por kWh e o valor total da energia é R$ 1,00/kWh, a desvalorização da energia injetada será de R$ 0,13/kWh.
Desse modo, é fundamental entender o impacto dessa mudança no retorno do investimento em geração distribuída.
Impacto no Cálculo de Economia
Vamos considerar um consumidor que tem um sistema fotovoltaico instalado e injeta 10.000 kWh na rede mensalmente. Anteriormente, o valor da energia injetada era compensado integralmente. Contudo, com a nova regra:
- 2024: Energia injetada valia R$ 0,92/kWh (após desconto de 30% no Fio B).
- 2025: Energia injetada valerá R$ 0,87/kWh (após desconto de 45% no Fio B).
Isso significa que o abatimento na conta de luz será menor, aumentando o tempo de retorno do investimento em energia solar. Apesar disso, com a queda nos preços dos equipamentos, o setor continua atraente para novos consumidores.
Quem Será Mais Afetado?
A nova taxação impacta especialmente os projetos classificados como GD2 e GD3:
- GD2: Projetos protocolados após 7 de janeiro de 2023, sujeitos à cobrança progressiva do Fio B.
- GD3: Mini geração acima de 500 kW, sujeita à taxação integral desde 2023, incluindo 100% do Fio B e 40% do Fio A.
Consumidores que instalaram sistemas antes de 7 de janeiro de 2023 continuam isentos dessa cobrança até 2045, assegurando, assim, um maior retorno sobre o investimento.
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Como Vender Energia Solar Mesmo com a Nova Taxação?
Diante desse cenário, é essencial adaptar sua estratégia de vendas para continuar oferecendo energia solar como um investimento vantajoso. Primeiramente, algumas dicas:
Destaque a Economia a Longo Prazo
Todavia, apesar da taxação, o aumento das tarifas de energia torna a geração própria ainda atraente. Mostre ao cliente como a conta de luz continuará subindo e como a energia solar protege contra esses aumentos.
Utilize Simuladores Precisos
Ferramentas ajudam a calcular com precisão o impacto da taxação, ilustrando os benefícios para o cliente. Apresente projeções detalhadas e gráficos explicativos.
Explore Soluções de Armazenamento
Com a queda nos preços das baterias, sistemas de armazenamento tornam-se uma alternativa viável. Sobretudo, isso reduz a dependência da rede elétrica e minimiza o impacto da desvalorização da energia injetada.
Mostre o Diferencial da Sustentabilidade
Clientes estão cada vez mais interessados em soluções sustentáveis. Destaque a redução da pegada de carbono e a contribuição para um futuro mais limpo.
Amplie o Atendimento para Empresas
Empresas buscam redução de custos e boas práticas ambientais. Com contratos de longo prazo, esses clientes oferecem maior previsibilidade de receita.
Considerações Finais
As mudanças na taxação do sol em 2025 exigem adaptação do mercado de energia solar. Embora a cobrança do Fio B impacte a economia do sistema, a energia solar continua sendo um dos melhores investimentos para quem deseja reduzir gastos e obter autonomia energética.
Com estratégias corretas e um bom planejamento, é possível vender energia solar com sucesso, destacando os benefícios a longo prazo. Além disso, o setor permanece promissor, e profissionais preparados sobretudo continuarão a crescer mesmo com as novas regulamentações.