O setor de energia renovável segue em expansão, e um levantamento recente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) aponta um crescimento expressivo no início do ano. A produção de energia solar cresceu 25% na primeira quinzena de janeiro, atingindo 3.598 megawatts médios (MWmed), um salto considerável em comparação aos 2.870 MWmed registrados no mesmo período de 2024.
Além do avanço da energia fotovoltaica, as usinas eólicas também registraram crescimento semelhante, enquanto hidrelétricas e termelétricas tiveram quedas na produção. Essa tendência reforça a mudança gradual do setor elétrico brasileiro para fontes mais sustentáveis e menos poluentes.
O impacto da energia solar na matriz elétrica nacional
O crescimento da energia solar em 25% demonstra que as usinas fotovoltaicas vêm se consolidando como uma peça-chave na matriz energética do Brasil. Com a ampliação da capacidade instalada, a participação da fonte solar no Sistema Interligado Nacional (SIN) segue aumentando, tornando a energia renovável uma alternativa viável e eficiente.
Enquanto a geração solar e eólica crescem, as hidrelétricas registraram uma redução de 2,6% na produção e as termelétricas caíram ainda mais, com uma queda de 19,4%. No total, a geração de energia no SIN atingiu 71.477 MW médios, representando uma leve retração de 0,6% em relação ao ano anterior.
Por outro lado, o consumo de eletricidade apresentou queda de 4,1%, impactado pela desaceleração econômica e pela redução na demanda industrial. Estados como Amapá e Paraíba registraram as maiores reduções no consumo, enquanto Maranhão e Pará apresentaram aumento.
Novos recordes na geração solar em janeiro
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou no dia 21 de janeiro três novos recordes na geração de energia solar no país. O primeiro ocorreu na produção diária, que atingiu a marca inédita de 12.576 MWmed, um aumento de 5,3% em relação ao recorde anterior de outubro de 2024.
Além disso, a geração instantânea da fonte fotovoltaica alcançou 36.364 MW às 11h53, o suficiente para atender 37,4% da demanda elétrica nacional naquele momento. Esse desempenho superou o recorde anterior de 36.283 MW, registrado na mesma data.
No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, também foi registrada uma nova máxima diária, com produção de 6.621 MWmed, representando 13% da demanda da região. O último recorde havia sido estabelecido em dezembro de 2024.
O que esperar para os próximos meses?
Com o avanço das tecnologias e o aumento da capacidade instalada, a energia solar deve continuar crescendo em 2025. O setor fotovoltaico se consolida como uma solução eficiente e sustentável. Ele ajuda a suprir a demanda elétrica do país, reduzindo a dependência de fontes fósseis. Além disso, contribui para um sistema mais equilibrado.
Investimentos em armazenamento de energia e novas políticas de incentivo devem fortalecer ainda mais o setor. Isso tornará a energia solar uma alternativa ainda mais viável para consumidores e empresas.
Conclusão
O crescimento de 25% na geração de energia solar no início de 2025 reflete o avanço das fontes renováveis no Brasil. Com recordes sendo superados e uma participação cada vez maior na matriz elétrica, o setor fotovoltaico segue como uma peça fundamental na transição energética do país.
A tendência é que essa expansão continue nos próximos anos, impulsionada por novas tecnologias e investimentos que viabilizam a adoção de soluções mais sustentáveis.