O crescimento da energia solar segue em ritmo acelerado no Brasil. A produção das usinas fotovoltaicas conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) aumentou 23,2% na primeira quinzena de fevereiro, atingindo 3.714 megawatts médios (MWmed).
Esse avanço, em comparação com os 3.014 MWmed registrados no mesmo período de 2024, demonstra a consolidação da energia solar como uma das principais fontes renováveis do país.
A análise preliminar da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) também revela um aumento de 8% na geração hidrelétrica e quedas na produção de energia eólica (-17,5%) e térmica (-7,5%). No total, a geração de energia no SIN atingiu 79.925 MW médios, um crescimento de 3,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
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ToggleExpansão da Energia Solar no Brasil
A energia solar tem se destacado pela sua capacidade de crescimento rápido e contribuição significativa para a matriz energética nacional.
Esse avanço é impulsionado por fatores como a queda no custo de instalação dos sistemas fotovoltaicos, incentivos fiscais e a maior conscientização ambiental da população e das empresas.
Consumo e Impacto no SIN
O consumo de energia elétrica no SIN também apresentou crescimento na primeira quinzena de fevereiro, com um aumento de 0,3%, totalizando 73.492 MWmed.
O Ambiente de Contratação Livre (ACL) registrou uma queda de 2,6%, enquanto o Ambiente de Contratação Regulada (ACR) teve um aumento de 2,2%. Algumas regiões do país tiveram variações significativas no consumo.
O Rio Grande do Norte e o Amapá registraram as maiores quedas, de -11,8% e -7,1%, respectivamente. Por outro lado, os estados com maior crescimento foram Espírito Santo (15,5%) e Rio de Janeiro (11,0%).
Setores que mais cresceram
Os setores que mais impulsionaram o crescimento do consumo de energia foram:
- Indústria Têxil: alta de 7,9%
- Extração de Minerais Metálicos: crescimento de 6,0%
Em contrapartida, alguns setores registraram retração no consumo:
- Telecomunicações: queda de -11,7%
- Indústria de Bebidas: redução de -9,9%
Demanda Recorde de Energia no Brasil
O Sistema Interligado Nacional bateu um novo recorde de demanda instantânea de energia no dia 21 de fevereiro. Às 14h24, a carga atingiu 104.732 megawatts (MW), superando o recorde anterior de 103.754 MW registrado no dia 12 de fevereiro de 2025.
Esse é o quarto recorde de demanda registrado em 2025, impulsionado principalmente pelas altas temperaturas e condições climáticas adversas em diversas regiões do país.
Perspectivas para o Futuro da Energia Solar
Com a expansão contínua da energia solar, espera-se que novos recordes sejam atingidos ao longo de 2025. A adoção de tecnologias mais eficientes e o crescimento do mercado de micro e minigeração distribuída devem impulsionar ainda mais o setor.
O Brasil tem um potencial inexplorado enorme para a energia solar, especialmente em estados com alta incidência solar, como Bahia, Minas Gerais e Ceará. Com o avanço de políticas de incentivo e a popularização dos sistemas fotovoltaicos, o setor deve continuar crescendo a taxas superiores às demais fontes de energia.
Conclusão
O crescimento de 23% da energia solar na primeira quinzena de fevereiro reforça sua relevância para a matriz energética brasileira. Apesar dos desafios, a tendência é de que a participação da fonte fotovoltaica aumente ainda mais nos próximos anos.
A adoção da energia solar não apenas reduz os custos com eletricidade, mas também contribui para a sustentabilidade ambiental. Para aqueles que consideram investir no setor, o momento é promissor, com oportunidades tanto para consumidores residenciais quanto para grandes usinas de geração distribuída e centralizada.
Com o avanço tecnológico e o aumento dos incentivos, sobretudo, a energia solar se consolida como uma solução estratégica para o futuro do setor elétrico no Brasil.