Você já se perguntou como mudanças climáticas impactam diretamente sua conta de energia? A princípio, pode parecer um tema distante do cotidiano. Contudo, em maio de 2025, a realidade mudará para os brasileiros. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a conta de luz subirá em maio devido ao acionamento da bandeira tarifária amarela.
Sobretudo, essa alteração se deve à redução das chuvas durante a transição para o período seco. Primordialmente, o acionamento da bandeira amarela indica um aumento no custo da geração de energia elétrica, refletindo diretamente nas faturas dos consumidores. Neste artigo, você entenderá por que a bandeira foi acionada, quais os impactos esperados, como funciona o sistema de bandeiras tarifárias e o que esperar nos próximos meses para o setor elétrico.
Por que a conta de luz subirá em maio?
A Aneel anunciou que, a partir de maio, será aplicada a bandeira amarela, resultando em um custo adicional de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. A principal razão para isso é a diminuição das chuvas e a previsão de vazões abaixo da média nos principais reservatórios do país.
Com a chegada do período seco, a geração de energia por hidrelétricas — que é mais barata — se torna limitada. Portanto, será necessário um maior acionamento de usinas termelétricas, que possuem custo de produção mais elevado. Isso justifica porque a conta de luz subirá em maio e possivelmente continuará pressionada nos meses seguintes.
Como funciona o sistema de bandeiras tarifárias?
Criado em 2013 e implantado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias foi desenvolvido para tornar mais transparente a variação dos custos da geração de energia no Brasil. Ele funciona como um sinal para o consumidor sobre as condições de produção elétrica.
Existem quatro cores de bandeiras tarifárias:
- Verde: condições favoráveis de geração, sem custo adicional
- Amarela: condições menos favoráveis, custo adicional de R$ 1,885 a cada 100 kWh
- Vermelha Patamar 1: custo adicional de R$ 4,463 a cada 100 kWh
- Vermelha Patamar 2: custo adicional de R$ 7,877 a cada 100 kWh
Portanto, ao saber que a conta de luz subirá em maio, o consumidor já entende que estamos em um cenário de geração mais onerosa e que é prudente adotar medidas para reduzir o consumo.
Como estão os reservatórios e as previsões para o período seco?
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou dados indicando que os reservatórios entrarão no período seco em boas condições. O Norte terá 98,5% de Energia Armazenada (EAR), o Nordeste 72,2%, e o Sudeste/Centro-Oeste 71,1%.
Contudo, a região Sul preocupa, com apenas 39,9% de armazenamento previsto para o final de maio. Além disso, as projeções indicam que a Energia Natural Afluente (ENA) ficará abaixo da Média de Longo Termo (MLT) em todas as regiões, reforçando a necessidade de acionar fontes de energia mais caras, como as termelétricas.
Esse contexto confirma a previsão de que a conta de luz subirá em maio e que a pressão sobre o sistema elétrico deve se manter nos meses seguintes, exigindo uma gestão cautelosa dos recursos hídricos.
Quais são os impactos no consumo de energia?
Segundo o ONS, a demanda de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) deve crescer 1,7% em maio, em comparação ao mesmo mês de 2024. Os subsistemas Norte e Sul devem registrar os maiores aumentos, com 4,9% e 4,4%, respectivamente.
Essa elevação no consumo, combinada com condições de geração menos favoráveis, reforça o cenário de pressão sobre o sistema elétrico. Assim, o impacto para o consumidor será sentido tanto no aumento da tarifa quanto na necessidade de um consumo mais consciente.
O que o consumidor pode fazer para reduzir o impacto?
Diante da confirmação de que a conta de luz subirá em maio, algumas atitudes simples podem ajudar a reduzir o impacto financeiro:
- Utilizar eletrodomésticos de forma mais eficiente
- Evitar deixar aparelhos em stand-by
- Aproveitar a luz natural sempre que possível
- Substituir lâmpadas por modelos LED, que consomem menos
- Reduzir o uso de equipamentos de alto consumo, como ar-condicionado e aquecedores elétricos
Além disso, é importante acompanhar o consumo mensal para identificar padrões e possíveis desperdícios.
Expectativas para os próximos meses
A expectativa é que, se as condições climáticas continuarem desfavoráveis e a demanda permanecer elevada, o Brasil possa enfrentar bandeiras tarifárias ainda mais caras nos meses seguintes, como a vermelha patamar 1 ou 2.
Entretanto, o cenário dependerá do comportamento das chuvas, da operação do sistema hidrelétrico e da disponibilidade de outras fontes, como energia solar e eólica, que ajudam a aliviar a pressão sobre o sistema.
O ONS já declarou que seguirá utilizando todos os recursos disponíveis para garantir a segurança energética do país, buscando preservar os reservatórios e otimizar o despacho de energia térmica e renovável.
Conclusão
A confirmação de que a conta de luz subirá em maio com o acionamento da bandeira amarela é um alerta para consumidores e gestores do setor elétrico. O período seco exige maior cuidado com o consumo, planejamento estratégico e, sobretudo, conscientização sobre a importância da eficiência energética.
Embora o aumento de R$ 1,885 a cada 100 kWh possa parecer pequeno em um primeiro momento, para famílias e empresas com maior consumo, o impacto financeiro poderá ser significativo ao longo do mês.
Adotar práticas de consumo inteligente e buscar alternativas de energia renovável, como a instalação de painéis solares, pode ser a melhor forma de enfrentar esse cenário de forma sustentável e econômica.
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