Você já imaginou se conectar à internet de qualquer lugar do mundo sem depender de torres de celular ou redes Wi-Fi? A princípio, isso parece distante da realidade atual. Contudo, essa visão está se tornando possível graças à Starlink, empresa de Elon Musk. Hoje, já existem diversos celulares compatíveis com internet gratuita via satélite — sem a necessidade de antenas externas.
Sobretudo, a parceria entre a T-Mobile e a Starlink nos Estados Unidos promete revolucionar o acesso à internet em regiões remotas, florestas, desertos e até mesmo durante emergências. Primordialmente, a tecnologia permite que smartphones modernos se conectem diretamente à rede de satélites da Starlink, oferecendo serviços de mensagens e localização mesmo fora da área de cobertura das operadoras convencionais.
Neste artigo, você verá como funciona essa conexão, quais são os modelos de celulares compatíveis, o que já está disponível e o que será lançado em breve. Se você quer saber se seu smartphone está preparado para essa revolução, continue lendo.
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ToggleComo funciona a internet gratuita da Starlink via satélite?
A conexão direta com os satélites da Starlink acontece quando o aparelho está fora da área de cobertura da operadora. Nesse ínterim, o celular se conecta automaticamente aos satélites de órbita baixa da constelação da SpaceX, exibindo no visor a identificação “T-Mobile SpaceX”.
A princípio, a funcionalidade está em fase beta. Ela permite envio e recebimento de mensagens de texto, compartilhamento de localização e chamadas de emergência. Além disso, futuramente o sistema também deverá permitir chamadas de voz e navegação na web. Por fim, a tecnologia promete ampliar significativamente a cobertura em áreas remotas.
Enquanto isso, os testes continuam em andamento para garantir estabilidade e desempenho. Portanto, essa inovação oferece uma cobertura de rede global e contínua, especialmente útil em áreas rurais, viagens remotas, expedições e cenários de desastre natural.
Lista completa de celulares compatíveis com internet gratuita
A seguir, apresentamos a lista completa e atualizada de celulares compatíveis com internet gratuita via Starlink, sem antenas ou acessórios. Os modelos foram homologados para testes com a tecnologia Direct-to-Cell:
Apple
- iPhone 14, 14 Plus, 14 Pro, 14 Pro Max
- iPhone 15, 15 Plus, 15 Pro, 15 Pro Max
- iPhone 16, 16 Plus, 16 Pro, 16 Pro Max
Samsung
- Galaxy A14, A15, A16, A35, A53, A54
- Galaxy S21, S21 Plus, S21 Ultra, S21 FE
- Galaxy S22, S22 Plus, S22 Ultra
- Galaxy S23, S23 Plus, S23 Ultra, S23 FE
- Galaxy S24, S24 Plus, S24 Ultra, S24 FE
- Galaxy S25, S25 Plus, S25 Ultra
- Galaxy Z Flip3 a Z Flip6
- Galaxy Z Fold3 a Z Fold6
- Galaxy XCover6 Pro
Motorola
- Razr (2024)
- Edge (2024)
- Moto G Stylus 5G (2024)
- Moto G Power 5G (2024)
- Moto G 5G (2024)
- Pixel 9, 9 Pro, 9 Pro XL, 9 Pro Fold
T-Mobile
- REVL 7 5G
- REVL 7 Pro 5G
Essa compatibilidade depende de hardware específico, como modem e antenas integradas. Assim, mesmo modelos recentes que não estão na lista podem não ser compatíveis até atualizações futuras.
Como ativar o serviço no seu celular?
Para usar a internet via satélite Starlink, o usuário deve seguir três passos simples:
1. Ter um aparelho compatível
Somente os modelos listados acima suportam a tecnologia Direct-to-Cell.
2. Manter o sistema operacional atualizado
Tanto Android quanto iOS precisam estar na versão mais recente para habilitar a comunicação satelital.
3. Ativar conexão automática de emergência
No Android:
Acesse Configurações > Conexões > Redes móveis
Ative “Redes de emergência via satélite”
No iOS:
Vá em Ajustes > Celular > Opções de dados móveis
Habilite a opção de conexão satelital
O processo pode variar conforme o modelo e a marca. Em caso de dúvida, consulte o suporte do fabricante.
O que o serviço permite hoje?
No momento, os celulares compatíveis com internet gratuita oferecem as seguintes funcionalidades:
- Envio e recebimento de mensagens de texto
- Compartilhamento de localização com contatos de emergência
- Chamadas de emergência (SOS)
Em breve:
- Chamadas de voz
- Acesso à web (navegação e aplicativos)
- Uso de apps como WhatsApp, Telegram e similares
A expansão depende do desempenho dos testes e da implementação nas operadoras parceiras.
Qual o diferencial da Starlink frente a outras tecnologias?
O grande diferencial da Starlink está nos satélites de órbita baixa (LEO), que operam entre 500 e 1.200 km da Terra. Em comparação com os satélites geoestacionários tradicionais (a 36 mil km), os LEO oferecem menor latência e maior estabilidade.
Além disso, a conexão via Starlink dispensa o uso de antenas externas ou equipamentos extras. A internet é acessada diretamente do celular, como uma rede celular convencional, mas com sinal via satélite.
Essa abordagem representa um avanço significativo para usuários que vivem ou transitam por regiões sem cobertura tradicional.
Por que a internet gratuita da Starlink ainda não chegou ao Brasil?
Apesar de a Starlink já atuar no Brasil com planos residenciais, a parceria com a T-Mobile ainda não se estende ao país, pois a operadora norte-americana não possui operações aqui.
Para que os celulares compatíveis com internet gratuita funcionem por aqui, será necessário que a Starlink firme acordos com operadoras locais, como Vivo, TIM ou Claro. Além disso, a liberação da funcionalidade depende de autorização da Anatel e adaptação técnica das redes.
A expectativa é que isso aconteça nos próximos anos, à medida que a Starlink expanda seu serviço de Direct-to-Cell para novos mercados.
Aplicações práticas da tecnologia
A conectividade direta via satélite tem diversas aplicações imediatas e relevantes, como:
- Comunicação em expedições científicas e aventuras em regiões inóspitas
- Monitoramento remoto de áreas agrícolas
- Operações logísticas em zonas de difícil acesso
- Atendimento emergencial em desastres naturais
- Conectividade para populações isoladas, indígenas e ribeirinhas
Com esses avanços, os celulares compatíveis com internet gratuita deixarão de ser itens de luxo e se tornarão ferramentas de inclusão digital e segurança.
Conclusão
A Anatel organiza os pedidos de exploração de constelações de satélites não-geoestacionários (NGSO) com base em uma lista de prioridade. Primeiramente, essa classificação define quais operadoras têm preferência na ocupação de determinadas faixas de frequência no território brasileiro.
Quando surgem conflitos, quem está melhor posicionado pode operar sem interferência e exigir que outros se adaptem. Dessa forma, garante-se ordem e eficiência no uso do espectro, um recurso limitado e valioso para serviços de internet via satélite.
Nesse sentido, a notícia de que Starlink fica em último na disputa por frequências da Anatel mostra uma mudança importante na dinâmica do setor. Além disso, essa posição pode impactar a competitividade da empresa no Brasil, sobretudo diante de rivais mais bem posicionados.